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Destaques

PF descobre dados deletados por Cid e acordo de colaboração de ex-ajudante de Bolsonaro é reavaliado

Dados apagados em computadores foram recuperados com equipamento israelense e levaram a cruzamento de informações com dispositivos de outros alvos de investigação de golpe.

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Photo: Shutterstock

A descoberta de arquivos deletados nos computadores do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid, fez com que a Polícia Federal conseguisse cruzar novas informações em dispositivos de outros investigados, robustecendo as apurações sobre a tentativa de golpe perpetrada por apoiadores radicais do antigo governo em 8 de janeiro de 2023.

A PF trabalha nos ajustes dos últimos detalhes da investigação e deve finalizar o relatório final do caso até o fim deste mês.

Os arquivos apagados por Cid foram recuperados, como noticiou Eliane Cantanhêde em seu blog em outubro, com a ajuda de um equipamento israelense.

De posse dos dados, a PF conseguiu desvendar novas narrativas disparadas entre alvos da apuração sobre a operação para impedir a posse do presidente eleito em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O cruzamento dos dados fez com que a corporação tivesse de adiar a finalização do documento que sintetizará os achados da investigação –e que pode apontar o indiciamento de Bolsonaro e alguns de seus colaboradores mais próximos.

Os achados nos dispositivos de Cid também representaram um novo obstáculo à manutenção do acordo de colaboração firmado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro com as autoridades.

Nas palavras de um investigador, não é facultado ao delator a possibilidade de omitir informações dos investigadores, uma vez que ele, para obter os benefícios do acordo, se compromete a dizer tudo o que sabe sobre os potenciais crimes dos quais tenha participado ou tomado conhecimento.

Brasil

Duas em cada 10 brasileiras já sofreram ameaça de morte de parceiros

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No Brasil, duas em cada dez mulheres (21%) já foram ameaçadas de morte por parceiros atuais ou ex-parceiros românticos e seis em cada dez conhecem alguma que vivenciou essa situação. Em ambos os casos, as mulheres negras (pretas e pardas) aparecem em maior número. Os dados são da pesquisa Medo, ameaça e risco: percepções e vivências das mulheres sobre violência doméstica e feminicídio, realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e pela empresa Consulting do Brasil.
O levantamento mostra ainda que seis em cada dez mulheres ameaçadas romperam com o agressor, após a intimidação, sendo essa decisão mais comum entre as vítimas negras do que entre as brancas. A pesquisa, divulgado nesta segunda-feira (25), contou com o apoio do Ministério das Mulheres e viabilizado por uma emenda da deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP).
Embora 44% das vítimas tenham ficado com muito medo, apenas 30% delas prestaram queixa à polícia e 17% pediram medida protetiva, mecanismo que pode determinar que o agressor fique longe da vítima e impedido de ter contato com ela. Esses dados têm relação com outros citados pela pesquisa, o de que duas em cada três mulheres acreditam que os agressores de mulheres permanecem impunes e o de que um quinto apenas acha que acabam na prisão.
Para a maioria das brasileiras (60%), a sensação de que os agressores não pagam pelo mal que fazem tem relação com o aumento dos casos de feminicídio. No questionário online, respondido, em outubro deste ano, por 1.353 mulheres maiores de idade, 42% das participantes concordaram com a afirmação de que as mulheres ameaçadas de morte imaginam que os agressores jamais vão colocar em prática o que prometem, ou seja, acham que a ameaça não representa um risco real de serem assassinadas por eles.
Ao mesmo tempo, há, no país, um contingente de 80% de mulheres avaliando que, embora a rede de atendimento às mulheres seja boa, não dá conta da demanda. Em relação a formas de enfrentamento à violência, proporção idêntica destaca as campanhas de estímulo a denúncias e as redes sociais como ferramentas poderosas.
Uma parcela significativa, também de 80%, pensa que nem a Justiça, nem as autoridades policiais encaram as ameaças e denúncias formalizadas com a seriedade devida. Também são maioria (90%) as respondentes com a opinião de que as ocorrências de feminicídio aumentaram nos últimos cinco anos.

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Cidades

Em seis anos, Paraná registra aumento de 24,6% no número de estabelecimentos de saúde

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A quantidade de estabelecimentos voltados à saúde aumentou no Paraná nos últimos anos. São novos hospitais, policlínicas, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) que reforçam a descentralização dos atendimentos, fazendo com que o paranaense possa ser atendido mais perto de sua casa. Em 2023, eram 31.109 estabelecimentos em todo o Estado, entre públicos (municipais/estaduais/federais) e privados, 24,6% a mais que o registrado em 2018 (24.958).
O aumento foi constatado na segunda edição do boletim Investimento em Foco, produzido pelo Centro Integrado de Gestão e Governança (CIG-PR), ligado à Casa Civil e com base em dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O documento mostra que, de 2018 a 2023, 6.151 estabelecimentos de saúde foram abertos no Paraná.
Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, esta é uma área prioritária que necessita de investimentos constantes. “Na saúde não tem missão cumprida. É necessário investir sempre, modernizar, introduzir tecnologia e estrutura para o atendimento da população”, disse. “É o que estamos fazendo, com a abertura de novos hospitais, construção de Ambulatórios Médicos, tudo isso para garantir atendimento a todos os paranaenses.”
Os estabelecimentos de saúde envolvem, por exemplo, Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Unidade de Vigilância em Saúde, Unidade Móvel de Nível Pré-hospitalar – Urgência / Emergência, hospitais, policlínicas, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), entre outros.
Somadas todas as categorias, a cidade que teve o maior aumento percentual no período foi Paranacity (500%), saindo de 4 em 2018 para 24 em 2023. Quinta do Sol, Catanduvas, Iretama, Corbélia e Esperança Nova também tiveram aumentos expressivos, entre 200% e 300%.
Em números absolutos, a variação foi maior em Curitiba, que registrou 1.011 estabelecimentos de saúde de todos os tipos a mais no período, chegando a 7.240 no total. Umuarama, Campo Mourão, Cascavel, Ponta Grossa, Londrina e Maringá também são destaques, com mais de 200 novas unidades cada uma, de todos os tipos.

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Cidades

Alunos da rede estadual vivem expectativa de ganhar o mundo por meio de intercâmbio

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Um auditório lotado de jovens com sorrisos largos, olhares brilhantes e uma mistura palpável de ansiedade e empolgação marcou esta segunda-feira (25) em Curitiba. Reunidos para a última orientação antes de embarcarem em uma experiência transformadora, os 1.300 estudantes selecionados para o Programa Ganhando o Mundo, promovido pelo Governo do Paraná, compartilharam histórias de superação, sonhos e expectativas.
Entre eles está Bruna Rafaela Giovanetti, de 16 anos, aluna do Colégio Estadual Campo de Lustosa, em Ipiranga, nos Campos Gerais, que viajará para a Irlanda. Envolvida em uma bandeira do país que a receberá em agosto do ano que vem, Bruna não esconde a ansiedade. “Eu nunca imaginei sair do Brasil, e agora estou estudando tudo sobre a Irlanda, que é um país maravilhoso, com músicas e histórias muito legais. Minha família ficou louca com a notícia. No começo estavam com medo, mas agora estão contando os dias, assim como eu”, conta.
Com todas as despesas custeadas pelo Governo do Paraná, o Programa Ganhando o Mundo não só amplia o horizonte cultural dos participantes, como também fortalece a rede pública de ensino. Ao retornarem, os alunos assumirão o papel de embaixadores, compartilhando suas experiências com colegas e comunidades.
“É um programa que dá a oportunidade para um jovem, muitas vezes muito humilde, conhecer um país diferente, estudar lá, aprender uma outra língua e incentivar que outros alunos participem futuramente do programa”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior, presente no encontro dos alunos.
Os selecionados viajarão entre o início de 2025 e o segundo semestre, divididos entre Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos. Durante quatro a cinco meses, estudarão em escolas locais, convivendo com famílias anfitriãs e estarão imersos em novas culturas, línguas e, em alguns casos, técnicas acadêmicas e agrícolas.
Durante o evento de segunda-feira (25), os jovens participaram de palestras e conversas preparatórias para o desafio de morar longe de casa. “Eu acho que vou voltar uma pessoa mais madura, porque lá vou ser praticamente independente em um país diferente. Acredito que isso vai me preparar melhor, vou conhecer novas pessoas, fazer amizades e encontrar jeitos de me comunicar”, afirma Maísa Dussanoski, de 15 anos, moradora de Imbituva (Centro-Sul) e aluna do Colégio Estadual Santo Antônio, que fará intercâmbio na Nova Zelândia.
A possibilidade de crescimento e amadurecimento também é o que mais motiva Luis Otávio Camargo Prado, de 15 anos. Morador de Figueira (Norte-Pioneiro) e aluno do Colégio Estadual Anita Aldete Pacheco, ele também irá para a Oceania. “Ir tão novo para outro país acho que pode mudar toda a minha personalidade e meu modo de ver as coisas. Acho que minha mente vai se abrir, e isso vai ser muito legal”, celebra.

Fonte: AEN

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